The Normality – Day 31

TERRE DES NÉBULEUSES, 1965 – Max Ernst
O que é voltar a normalidade?
Desflorestar, produzir em massa, olhar para um céu riscado de aviões, o canto abafado dos pássaros no trânsito citadino? Estratificar, quantificar, classificar, manipular...
O que é a normalidade?
Sair de casa a correr, perder horas em deslocações desnecessárias, sucumbir a reuniões intermináveis, competir em vez de colaborar? Repetir, fabricar, automatizar, gerar...
O que é a normalidade?
Comprar coisas para encher vazios, de tempo, de presença, de espírito? Sair, para voltar a fingir que se ouve? Alienar, acumular, exibir, invejar...
O que é normal?
Não questionar o porquê disto, continuar em frente como se nada tivesse acontecido, como se nada devesse ou pudesse ser mudado?
O que é normal?

Seguir em frente sem aprender a lição.

Há mentes fechadas, almas abafadas, verdades escondidas para além das quatro paredes onde existimos - chamamos-lhe normalidade, zona de conforto... Medo de reescrever, reinventar, repensar, evoluir!
What is it to return to normal?
Deforestation, mass production, looking at a sky streaked by airplanes, the muffled song of birds in city traffic? Stratify, quantify, classify, manipulate …

What is normality?
Running out of the house, wasting hours on unnecessary commuting, succumbing to endless meetings, competing instead of collaborating? Repeat, manufacture, automate, generate …

What is normality?
Buying things to fill voids, of time, presence, spirit? To go out, to pretend to be heard again? Alienate, accumulate, exhibit, envy …

What is normal?
Not to question why this is so, to go on as if nothing had happened, as if nothing should or could be changed?

What is normal?

Move on without learning the lesson.

There are closed minds, muffled souls, hidden truths beyond the four walls where we exist - we call it normality, comfort zone … Fear of rewriting, reinventing, rethinking, evolving!