Author: Susana Borges
An overdose of silence, lividly obscure.
desejo sem definição, nem até reles. Tardava-me, talvez, a sensação de estar vivo. E quanto
me debrucei da janela altíssima, sobre a rua para onde olhei sem vê-la, senti-me de repente
um daqueles trapos húmidos de limpar coisas sujas, que se levam para a janela para secar,
mas se esquecem, enrodilhados, no parapeito que mancham lentamentamente.”
Intervalo lúcido
“Nem mesmo abdico daqueles gestos banais da vida de que eu tanto quereria abdicar. Abdicar é um esforço, e eu não possuo o de alma com que esforçar-me.
Os olhos que falavam
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Êxodo, Sebastião Salgado |
Filha sem mãe, ou filha de ninguém
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Antonio Mora |
Ela tinha acabo de ler daquelas palavras que pessoas jorram fora em forma de tinta “10 mães de 10 nacionalidades diferentes” e esboçou um sorriso irónico.
“10 mães de 10…”, nem 1, nem 100, nem 1000, mas um universo inteiro a sussurrar-lhe ao ouvido – Filha e mãe de tudo e nada, principio e fim, abraça-me!
Koolhaas Houselife
Os pirilampos e Taliesin
Oscar por Vinicius
A mulher e a Arquitectura
Ensinam-nos a analisar o grande mestre do modernismo, Le Corbusier. O mesmo homem que disse a Charlotte Perriand – “Nós não bordamos almofadas aqui”, mas não se absteve de fazer uso do seu talento para obter algo que ele nunca foi capaz de projectar, mobiliário. Hoje as três icônicas cadeiras, a B301, B306 e a LC2 Grand Comfort são do Le Corbusier. Mas como nos elucida a doutora Silvana Barbosa Rubino na primeira patente destas cadeiras o primeiro nome era de Perriand que foi remetida para trás negociação após negociação até o seu nome ser retirado por Le Corbusier, que ficou como único criador das mesmas.
Talvez fosse útil que as mulheres, arquitectas bem sucedidas abraçassem a causa sem o medo de ser mulher, ainda que não partilhe da ideia de dividir as águas. Não penso que seja benéfico para a profissão, ou para a mulher, criar prémios apenas personalizados, lugares cativos, afinal a luta é pela igualdade, estou certa? E por fim, mas não menos importante por a história no seu devido lugar e deixar que as mulheres, arquitectas, artistas entrem nas nossas salas de aula, sejam estudadas, tidas em conta e sirvam de exemplo para as gerações futuras.
Para mais informações visitar: https://undiaunaarquitecta.wordpress.com
Homeland, until the last drop – Transformações
Etapa 1 – Candeeiros
Oscar Wilde em conversa com André Gide, relatado por Yehuda E. Safran em: A Pressão da Luz / Notas sobre a luz no trabalho de Álvaro Siza (Prototypo nº: 9)
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Candeeiro de papel |
Recortes e mais recortes, plantas, títulos, coisas importantes. A pinha.
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Imagem 1 – Dia Imagem 2 – Noite |
Mais de 800 circunferências do mais precioso papel de arroz.
Não poderia ter outro nome – Mandala.