Amittere humanismus

“Some things that should not have been forgotten were lost. History became legend. Legend became myth.


Dresden – Richard Peter



Chegamos aqui, a encruzilhada da nossa Era.

Perdemos o respeito por aqueles que criaram a democracia, esquecemos o valor da palavra Humanidade, é-nos alheio o respeito pela Vida.
Em quanto uns pilham desesperados, outros dão-lhes um bilhete de volta para o inferno e alguns deixam que o infernum seja num descampado qualquer aqui ao lado. Berra-se por barreiras, por fronteiras, por latas de tinta vermelha e grita-se com aqueles que por miséria própria, ou talvez por misericórdia, não deixam afundar no mar o grito que lhes dá a costa.
Estamos cegos, de superioridade fútil, de ignorância demagoga, de medo com cheiro nauseabundo a cobardia.
O que nos torna mais dignos e humanos que os outros? As regras, nas quais sucumbimos e azedamos? Os recursos, dos quais decretamos ser donos e senhores? A moral, a estratificação social do verbo subjugar?
O mundo bateu-nos a porta, depois de viver décadas na miséria, está a pedir o que lhes é de direito – a Vida!
E o mundo que já não bate, mas derruba a porta, está inflamado em ódio, está com a alma doente. Chamamos-lhe bárbaros, aqueles que chegam no limbo já com sede de sangue. Também outros, dos nossos, homens do 1ºmundo, chegam das guerras para as quais os mandam, ou desejam ir, ou nem sabem que vão, doentes desse mesmo mal. Esses são igualmente ignorados, poucos são tratados, mas a doença tem nome e não desaparece por encanto. É cruel o que faz, são grutescas as suas manifestações, mas tem nome – trauma de guerra!
Ódio não se vence com desprezo, nem com mais ódio, a antítese do ódio é o amor.
O nosso modo de vida perdeu a data de validade, mas o motivo não são os tiroteios nas cidades do mundo civilizado, foi porque o mundo dito civilizado pisou, maltratou e usou o resto ( Homens, animais, planeta) para seu belo prazer.
Em nome do status quo, estamos hoje disposto a vender a nossa liberdade e ser vigiados por Alguém (alguém conhece esse alguém?), a queimar nas ruas os direitos humanos conquistados com o sangue de tantos, demasiados, durante séculos. Prontos para aromatizar a alma com raiva e travar a grande guerra, aquela que vem depois de todas as outras. Insuflar Egos, proclamar reis, marchar!
!(…) Darkness crept back into the forests of the world.”